Pizza na Itália é feita com maioria dos ingredientes estrangeiros

A pizza italiana já não merece esse nome, segundo um estudo da  associação que representa os agricultores italianos: 63% das pizzas feitas no país conteriam ingredientes estrangeiros. Segundo a associação muitas pizzas são feitas com tomates chineses ou provenientes dos Estados Unidos. A farinha de trigo vem frequentemente da França, da Alemanha e até da Ucrânia. E boa parte do azeite de oliva viria da Tunísia ou da Espanha. Além disso muitos pizzaiolos não usam mussarela verdadeira, mas sim queijos feitos à base de leite em pó. Só no ano passado a Itália teria importado mais de 100 mil toneladas de molho de tomate concentrado e 480 mil toneladas de azeite de oliva.  A associação apela para que os pizzaiolos empreguem mais produtos nacionais. Lá são consumidas quase uma pizza por habitante, segundo dados da Fipe, a federação italiana que representa os donos de bares e restaurantes. O setor dá emprego a cerca de 100 mil pessoas.  Segundo a confederação italiana do comércio Confcommercio, de 2010 a 2014 o faturamento aumentou em 5%, atingindo quase 10 bilhões de euros (cerca de R$ 30 bilhões). Mas hoje em dia a associação estima que faltam cerca de seis mil pizzaiolos no país. Isso afeta também a cidade que é considerada o berço da genuína pizza italiana – Nápoles. Por isso a "associação da verdadeira pizza napolitana" aumentou de 80 para 120 as vagas nos cursos de pizzaiolos.