Existe um problema sério no país em relação ao cavalo Crioulo. Fora dos estados da região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul, falta mão de obra qualificada pra melhor atendê-los. Os peões não são especializados na raça, e muitas vezes não sabem como lidar com determinada doença que pode vir a acometer o cavalo da raça. Houve casos em que o proprietário perdeu com a morte de um cavalo de mais de 50 mil por falta de capacidade de quem estava cuidando. Existe a possibilidade de importar esses peões desses estados do Sul, mas eles pedem uma exorbitância de salário. E pior, às vezes não correspondem às expectativas e devem ser exonerados voltar para seu lugar de origem. Ou seja fora do solo gaúcho não é possível contar com o apelo cultural. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulo deveria pensar como uma montadora de carros. Deve-se pensar na facilidade e segurança de uma boa manutenção pois é uma vida de um animal que está em jogo, alem de ter muito dinheiro envolvido. De acordo com Mauro Ferreira, a ABCCC está ciente da necessidade de elevar a presença da entidade em outras regiões. Com este foco vem implementando uma série de alternativas. “Há ações muito mais do que planos”, afirmou o presidente referindo-se às seletivas fora do RS: em dois anos aumentou de uma para cinco provas. Prospecta-se radicar um escritório da ABCCC mais no centro do país. A expectativa é de São Paulo ser a possível escolha, que assim pode se tornar um elo mais perto dos criadores de outras regiões com a associação.